domingo, janeiro 25, 2009

O Exercício «Himba»

Em Abril de 1959, a marcar o retorno da Aviação Militar a Angola, efectuou-se o Exercicio «Himba», que despertou muito entusiasmo pela sua dimensão e novidade.
Os aviões que compunham a caravana aérea, que se deslocou do Continente para a Provincia de Angola, eram um total de 14, dos quais 6 «Skymaster», 2 «Dakota» e 6 «PV-2», com um total de 212 elementos da Força Aérea, sendo 52 oficiais, 74 sargentos e 86 praças. Durante a sua permanência em Angola, os aviões da FAP proporcionaram inúmeros baptismos de voo, tendo visitado os aeródromos de Carmona, Santo Antonio do Zaire, Cabinda, Malange, Henrique de Carvalho, Lobito e feitas exibições de pára-quedismo em Sá da Bandeira a pioneira da Aviação Militar, e em Nova Lisboa, que lhe sucedeu e onde esteve o grupo de Esquadrilhas do Huambo.

Um aspecto da multidão no Aeroporto Craveiro Lopes.
O festival principal realizou-se em Luanda, no dia 27 de Abril de 1956, no Aeroporto Craveiro Lopes, preparado e dirigido judiciosamente pelo então brigadeiro Albuquerque de Freitas, tendo como chefe do Estado-Maior o então tenente-coronel Ivo Ferreira e presidido pelo Subsecretário de Estado de Aeronáutica, que se fazia acompanhar pelo futuro Comandante da 2ª Região Aérea, coronel tirocinado Fernando Pinto Resende.

Preparativos para o embarque.

Aguardando a hora de partida.
A caminho dos aviões.
A exibição começou com uma espectacular largada de 80 pára-quedistas, por volta das 1oh30, transportados em dois «C-54». Inicialmente assistiu-se aos preparativos dos pára-quedistas que foram depois em formação até os aviões. Após os saltos em grupos de dez, fizeram a recolha dos pára-quedas, procederam à concentração e depois desfilaram em frente à multidão que enchia a area do aeroporto.
Dois aspectos do lançamento de pára-quedistas.


Concentração e desfile final dos Caçadores Pára-quedistas.
Em seguida teve lugar a demonstração aérea, que começou pelo desfile de uma formação de «PV-2», a que se sucedeu uma sessão de bombardeamento real com projécteis «Napalm» (incendiários) numa zona escolhida nos limites S/SO da pista, contra alvos simulando casas. Depois foram lançadas bombas explosivas de 40 kg, cujo efeito de sopro se sentia junto dos espectadores. Por último, depois de ganharem altura desciam em voo picado efectuando várias rajadas de metralhadora sobre alvos fixos, dispostos no solo. A coroar a exibição, a formação de «PV-2» reunida em forma geométrica e em voo baixo, fez várias passagens ruidosas sobre a pista, para júbilo da assistência. (Crédito Presença da Força Aérea em Angola de Edgar Cardoso)

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